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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Páscoa
Exposição litúrgica:
     O Tempo Pascal é, por assim dizer, um longo dia de festa que vai do Sábado Santo até ao sábado depois do Pentecostes, e em que se celebram sucessivamente os mistérios da Ressurreição e da Ascensão do Salvador, tendo por epílogo a solenidade de Pentecostes.
     A data da Páscoa, de que dependem as demais festas móveis, foi objeto das decisões conciliares. Tendo o Senhor padecido e ressuscitado na Páscoa judaica e devendo a solenidade do novo mistério na idade nova os velhos ritos mosaicos, houve a Igreja por bem conservar para a Páscoa cristã o modo de contar dos judeus. Ora, entre o ano lunar, que eles seguem, e o solar, há uma diferença de onze dias, que obriga a festa da Páscoa a oscilar entre 22 de março e 25 de abril.
     Durante o Tempo Pascal, a Igreja adorna-se com prefusão e os órgãos que na Quaresma se conservaram emudecidos ressoam de novo nas abóbodas engalanadas dos templos.
     O Aleluia, que é o cântico por excelência do ciclo pascal, enche as almas de alegria e plenitude.
     Ao Asperges substitui-se o Vidi aquam, evocativo da água e do sangue que correram do lado de Jesus e símbolo da presença visível de Jesus e símbolo do batismo e da Eucaristia. Não há jejum e o Regina Coeli recita-se de pé, como convém a vencedores. Até a Ascensão o Círio Pascal, símbolo da presença visível de Jesus, ilumina e aquece com sua luz radiosa a assembléia dos fiéis; e os paramentos brancos, sinal da graça da Ressurreição, alegram as funções do culto.
     Outrora, a Igreja no Tempo Pascal proibia as festas dos Santos menos notáveis para não distrair a atenção dos fiéis da contemplação de Jesus triunfante. E a oração A cunctis e os sufrágios dos Santos não se dizem. Ao contrário, para os Apóstolos e Mártires compôs-se missa especial, por terem sido eles quem de mais perto se associou às lutas e à vitória de Cristo. Os Mártires sobretudo, nesta parte do ano, formam o cortejo do Divino Ressucitado.